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sábado, 23 de maio de 2009

Roça da minha infância.

Eu vivi boa parte de minha infância em contacto com roça e nesta época as roças não eram tão devastadas . A gente via todo tipo de árvore e bichos. Chovia no tempo certo e todo produtor produzia de tudo um pouco. As roças não tinha luz elétrica nem agua encanada. Tomar banho a tardinha no tanque e a noite ouvir estorias as mais incríveis e arrepiantes. As pessoas se juntavam em torno dos bons narradores e as estorias iam embaladas de saudades e dramaticidades, as dez horas da noite todo mundo já estava dormindo para acordar bem cedinho para passa o milho do cuscuz. O leite diário era garantido por tio João e depois do café brincar de todas as maneiras: matar passarinho, andar de bicicleta e a cavalo, tirar umbú, fruta de palma, melancia e banana; brincar de vaca de osso e boi de fruta de quiabento, carro de lata vazia e cavalo de pau. Tinha época que as brincadeiras eram com pião, bola de gude, bola ou esconder.
Não lembro se o tempo passava. Tinha se a impressão que ficava um ano nesta vida de brincar, brincar e brincar.

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