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sábado, 13 de junho de 2009

MAMONA


Em minha roça sempre teve mamona. É uma cultivar que realmente produz alguma coisa quando se planta. A vantagem é que se colhe no segundo semestre. Praticamente o único produto agrícola que produz no sistema de sequeiro que tem produção até meados de outubro. É uma planta resistente a seca, de ciclo anual, podendo produzir por vários anos, apesar de ter sua maior produção no segundo ano. Se planta consorciado com feijão de arranque no espaçamento de 2 m entre plantas e 4 m entre linhas as variedades coti e pernambucana. Nosso agricultor planta consorciado também com milho.
Minha experiência faço uma variação no poli cultivo, consorciado com tudo que possa plantar, utilizando a técnica de plantio direto, sem aração que é uma pratica garantida em nossas áreas.
A parti de 2005 adotei a técnica do poli cultivo e tive as seguintes produções anuais:
  1. Em 2005 em 5 tarefas a produção de 1944 kg vendido por R$ 977,00, preço médio saca 30,15.
  2. Em 2006 em 5 tarefas a produção de 1349 kg vendido por R$ 676,50, preço médio saca 30,09.
  3. Em 2007 em 3 tarefas a produção de 538 kg vendido por R$ 600,00, preço médio saca 66,89.
  4. Em 2008 em 2 tarefas a produção de 982 kg vendido por R$1.154,00 ,preço médio saca 70,49.
Atualmente o preço da saca de 60 Kg esta em torno de R$ 52,00 o que é um preço bom, mas não é o ideal para o agricultor que tem que estar acima de 70,00 reais para cobrir todos os custos de produção e sobrar alguma coisa para o sustento. Uma observação quanto a produção de 2008 e a seguinte: o plantio de mamona está consorciado em um poli cultivo irrigado, onde a principal cultivar e a banana. Esta produção foi praticamente em 180 pés de mamona. Neste ano tivemos uma variedade de 36 produtos agrícolas onde os dez principais foram: ovelha, mamona, ovo, banana maça, frango, banana prata, mamão, pato, cana e mel representando 95% de toda produção.
A mamona é uma cultura que sempre vou plantar pelas razões que citei acima, principalmente no sistema de poli cultivo irrigado, pois, além de produzir mamona que se adapta ao cultivo diversificado é uma garantia de receita certa se for destinado a indústria química que paga o melhor preço. O produto tem um uso mais nobre, podendo produzir mais de 500 subprodutos.
Ainda não vejo como mamona possa ser utilizada na industrialização de biodísel, sem um subsídio para adequar o preço que seria ideal para indústria de biodísel, que não pode pagar um valor acima de R$ 40,00. A diferença de mais ou menos R$ 30,00 não pode ser debitado na conta do agricultor. O Governo não pode incentivar o agricultor a produzir mamona para produção de biodísel nestas condições atuais, apesar da boa intenção, por que, certamente o agricultor pagará a conta do prejuízo.

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